Se existe um país onde o brasileiro pode dizer que sente-se em casa, este país chama-se Austrália. Com muito sol, belas praias, fauna diversificada, natureza abundante, o Australiano é alegre e receptivo, atraindo muitos brasileiros para o seu território. Mas o país não é conhecido somente por seus cangurus, belezas naturais e, sem esquecer, pelos filmes do Crocodilo Dundee. A Austrália é o 6º maior produtor de vinhos do mundo e o 4º em exportação, produzindo vinhos de qualidade que, mesmo os produtores mais comerciais, mantém excelente padrão de vinificação.
Por todos estes encantos, no mês de janeiro de 2.012, a Confraria Vinho e Boa Mesa foi seduzida a experimentar vinhos e sabores deste país tão atraente. Vamos ao que interessa:
Entradas: petiscos ao modo australiano (torradas com queijo chedar e bacon, cortes finos de carnes defumadas, etc), servidos com espumantes brasileiros;
Prato principal: Costela suína assada, com molho barbecue e batatas coradas;
Sobremesa: Brownie com sorvete de creme e um bom Late Harvest.
Wines:
O Salton Brut apresentou visual amarelo-palha, com reflexos esverdeados, aromas de lichia, capim-santo, com nuances de frutas secas e borbulhas finas, porém inconstantes. No palato mostrou-se equilibrado, com acidez moderada e médio final de boca. Bom custo-benefício.
Uma palavra vem à cabeça para definir o Cave Geisse Nature Brut: qualidade. Proveniente da região de Pinto Bandeira, em Bento Gonçalves, hoje conhecida como região dos Vinhos da Montanha, é elaborado com 70% Chardonnay e 30% Pinot Noir, pelo método tradicional. Possui coloração dourada, com reflexos de lavanda, perlage fino, intenso e persistente, apresentando aromas de panificação, flores do campo e frutas brancas. Em boca é bem estruturado, com acidez agradável e boa persistência. Recomenda-se.
Na ala dos rubros, o primeiro a ser degustado foi o Angove Bear Crossing 2.007, um corte de Merlot e Cabernet Sauvignon bem vinificado e potente. De aparência vermelho-púrpura, esbanjou aromas de frutas silvestres, especiarias, ervas, com um pouco de álcool sobrando. No paladar revelou-se de médio corpo, taninos macios e acidez moderada. Um bom australiano para o dia-dia ou acompanhando uma pizza. Lembramos que parte da renda obtida com a comercialização da linha Bear Crossing é destinada à Australian Koala Foundation (AKF) - www.savethekoala.com - que, ao longo de 10 anos, ajuda a preservar esta espécie tão peculiar. É o mundo do vinho contribuindo com a preservação das espécies ameaçadas.
O Tyrrell's Moore's Creek - Cabernet Sauvignon 2.009 - foi uma surpresa, confirmando, assim como o vinho anterior, que os grandes produtores australianos mantém a qualidade em seus rótulos de entrada. Trata-se de um vinho elegante, com coloração vermelho-violeta, que apresentou aromas de frutas negras, couro, terra molhada e mentol. Em boca desfilou equilíbrio, corpo médio, acidez e taninos finos. Uma ótima pedida.
Proveniente de outro grande produtor, o Rosemount Shiraz 2.008 inaugurou a dança das uvas Shiraz. Com visual vermelho-rubi intenso, no nariz destacou-se pela presença de frutas vermelhas em compota, capim, madeira (10 meses em carvalho e quase não se percebe) e iogurte. No palato conquistou pela elegância, acidez correta, taninos aveludados e maciez. Para aqueles que gostam de Shiraz, é um verdadeiro achado.
Shiraz e Cabernet Sauvignon fizeram um ótimo casamento neste exemplar da vinícola Elderton, situada no coração do vale de Barossa. O E Series 2.008 é um vinho delicioso, de cor vermelho profundo, apresentando aromas de rosas, ameixas negras, terra, com um toque de baunilha. Muito bem estruturado, é encorpado e suculento. Vale a pena conhecer.
Para finalizar os tintos, mais um ótimo produtor deu as caras. Proveniente da Bremerton Winery, o Matilda Plans 2.006, elaborado com 64% de Cabernet Sauvignon, 24% de Shiraz e 12% de Merlot (lembrando que nos vinhos australianos com mais de uma uva, a utilizada em maior quantidade deve aparecer em primeiro no rótulo), traz potência e bom conjunto. Fácil de beber e gostar, é denso, possuindo visual violeta escuro, com aromas de ameixas, chocolate, couro suado e nuances herbáceas. Na boca é musculoso, com taninos presentes e final persistente.
Na ocasião, não conseguimos encontrar um exemplar de sobremesa australiano e, para substituí-lo, escolhemos o Avondale Muscat Blanc Reserve 2007, proveniente da também inóspita África do Sul. Trata-se de um vinho com cores que remetem ao âmbar e dourado, de aromas generosos que revelam mel, manga, zimbro e frutos da savana. É cremoso, pleno, com final longo e frutado.
A Austrália vai deixar saudades, mas nada como os sabores da Itália para acalmar nosso espírito. Até lá !!
Saúde a todos !
Confraria Vinho e Boa Mesa
Participaram desta confraria: Abner, Carlos (anfitrião), Cássio, Leandro (que assina o texto), Nenê e Renato.
Na ala dos rubros, o primeiro a ser degustado foi o Angove Bear Crossing 2.007, um corte de Merlot e Cabernet Sauvignon bem vinificado e potente. De aparência vermelho-púrpura, esbanjou aromas de frutas silvestres, especiarias, ervas, com um pouco de álcool sobrando. No paladar revelou-se de médio corpo, taninos macios e acidez moderada. Um bom australiano para o dia-dia ou acompanhando uma pizza. Lembramos que parte da renda obtida com a comercialização da linha Bear Crossing é destinada à Australian Koala Foundation (AKF) - www.savethekoala.com - que, ao longo de 10 anos, ajuda a preservar esta espécie tão peculiar. É o mundo do vinho contribuindo com a preservação das espécies ameaçadas.
O Tyrrell's Moore's Creek - Cabernet Sauvignon 2.009 - foi uma surpresa, confirmando, assim como o vinho anterior, que os grandes produtores australianos mantém a qualidade em seus rótulos de entrada. Trata-se de um vinho elegante, com coloração vermelho-violeta, que apresentou aromas de frutas negras, couro, terra molhada e mentol. Em boca desfilou equilíbrio, corpo médio, acidez e taninos finos. Uma ótima pedida.
Proveniente de outro grande produtor, o Rosemount Shiraz 2.008 inaugurou a dança das uvas Shiraz. Com visual vermelho-rubi intenso, no nariz destacou-se pela presença de frutas vermelhas em compota, capim, madeira (10 meses em carvalho e quase não se percebe) e iogurte. No palato conquistou pela elegância, acidez correta, taninos aveludados e maciez. Para aqueles que gostam de Shiraz, é um verdadeiro achado.
Shiraz e Cabernet Sauvignon fizeram um ótimo casamento neste exemplar da vinícola Elderton, situada no coração do vale de Barossa. O E Series 2.008 é um vinho delicioso, de cor vermelho profundo, apresentando aromas de rosas, ameixas negras, terra, com um toque de baunilha. Muito bem estruturado, é encorpado e suculento. Vale a pena conhecer.
Para finalizar os tintos, mais um ótimo produtor deu as caras. Proveniente da Bremerton Winery, o Matilda Plans 2.006, elaborado com 64% de Cabernet Sauvignon, 24% de Shiraz e 12% de Merlot (lembrando que nos vinhos australianos com mais de uma uva, a utilizada em maior quantidade deve aparecer em primeiro no rótulo), traz potência e bom conjunto. Fácil de beber e gostar, é denso, possuindo visual violeta escuro, com aromas de ameixas, chocolate, couro suado e nuances herbáceas. Na boca é musculoso, com taninos presentes e final persistente.
Na ocasião, não conseguimos encontrar um exemplar de sobremesa australiano e, para substituí-lo, escolhemos o Avondale Muscat Blanc Reserve 2007, proveniente da também inóspita África do Sul. Trata-se de um vinho com cores que remetem ao âmbar e dourado, de aromas generosos que revelam mel, manga, zimbro e frutos da savana. É cremoso, pleno, com final longo e frutado.
A Austrália vai deixar saudades, mas nada como os sabores da Itália para acalmar nosso espírito. Até lá !!
Saúde a todos !
Confraria Vinho e Boa Mesa
Participaram desta confraria: Abner, Carlos (anfitrião), Cássio, Leandro (que assina o texto), Nenê e Renato.









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