sexta-feira, 2 de março de 2012

I Confraria Vinho e Boa Mesa - "Pinot Noirs do Mundo".

O dia 07/10/2.011 foi escolhido para ser o grande dia. Naquele momento nascia a Confraria Vinho e Boa Mesa, com o tema "Pinot Noirs do Mundo", onde foram degustados excelentes vinhos, afastando-se um pouco da Borgonha, para descobrir novos horizontes dessa uva delicada e "temperamental". Para escoltar os Pinots, saborosos carrés de cordeiro, suavemente temperados com ervas e especiarias, grelhados na brasa da churrasqueira. Vamos aos personagens principais:

Entrada: antepastos e embutidos, acompanhados por vinhos espumantes;

Prato principal: carrés de cordeiro, suavemente temperados com ervas e especiarias, grelhados na brasa da churrasqueira; risoto de abobrinha;

Sobremesa: um ótimo vinho de sobremesa e nada mais.


Vinhos degustados:


De coloração amarelo palha, com reflexos esverdeados, seus aromas revelam frutas brancas, tais como maçã, pera, lichia e notas elegantes de jasmim, nozes e brioche. Em boca é sedoso, pleno e saboroso, revelando-se persistente e equilibrado.








Esta dama revelou coloração amarelo claro, com borbulhas finas, simétricas e intensas, aromas de flores do campo, frutas secas e brancas, acompanhadas por excelente acidez e persistência de sabores. Em boca é cheia, seca e musculosa, sem deixar de ser elegante. 








Com nada menos que 90 pontos concedidos pela Wine Enthusiast e 89 pontos de Robert Parker, o Errazuriz Wild Fermented 2.007 mostrou-se amplo, apresentando coloração vermelho rubi intenso, com aromas de frutas silvestres, nuances de morango, madeira (11 meses em carvalho) e algo animal, como couro e caça, lembrando que este vinho é elaborado e vinificado com as leveduras selvagens da própria uva. Na boca é opulento, longo, enigmático e, mesmo contando com 14,5% de teor alcoólico, mostrou-se equilibrado e correto.


A jovem vinícola Leyda, fundada em 1988, é pioneira no Valle de Leyda, inaugurando em 2.002 essa nova denominação de origem. São 245 hectares de uvas plantadas a 14 Km do Oceano Pacífico, o que possibilita uma condição extremamente favorável para a uva pinot noir. Seu Las Brisas 2.008 possui cor vermelho brilhante e límpido; aromas que remetem a cerejas e compota de morango, terra, com um leve toque de madeira (10 meses em carvalho). Em boca é muito elegante, com acidez moderada e mineralidade presente, remetendo a alguns exemplares da Borgonha. Foi considerado por alguns confrades como o vinho da noite.

O Enrique Mendoza Pinot Noir 2.007 nos conduziu a uma viagem por terras espanholas. Sim, um pinot noir espanhol - D.O. Alicante - com muita opulência e tipicidade. Com coloração vermelho granada, no nariz revelou muita fruta madura, groselha, notas tostadas em decorrência da madeira (14 meses em carvalho) e café. Em boca mostrou-se potente, com acidez elevada, taninos envolventes, revelando certa rusticidade. Um pinot diferente, que vale a pena conferir.



Para finalizar, degustamos o argentino Luca Pinot Noir 2.008 de Laura Catena, congratulado com 92 pontos por Robert Parker. Visual vermelho púrpura, com reflexos violáceos, demonstrou características dos vinhos de Mendoza, apresentando aromas de frutas silvestres, herbáceos, couro e tostado (10 meses em carvalho). Em boca mostrou-se equilibrado, lembrando compota de morangos selvagens, com taninos aveludados e macios. Um vinho para apreciar sem pressa.


Como sobremesa, provamos o delicioso Tokaji Late Harvest Classic Cuvée 2.004 (Hungria), fechando nossa primeira confraria com chave de ouro. Um verdadeiro néctar, de coloração amarelo âmbar, com reflexos dourados; no nariz explodem frutas brancas (maçã, pera e melão), enquanto na boca, nota-se mel, maracujá e um leve toque de nozes com final longo e acidez moderada. Sensacional !

Saúde a todos !!

Confraria Vinho e Boa Mesa


Participaram desta confraria: Abner, Carlos, Cássio, Leandro (anfitrião e assina o texto), Nenê e Renato.












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