Aclamados pelas mulheres e deixados de lado por muitos homens, os vinhos brancos são o que podemos chamar de vinhos subestimados. Só para se ter uma ideia, a preferência pelo vinho tinto chega a ser de 80% em território brasileiro e, em algumas regiões do mundo, esse número chega a 90%. É uma pena, pois eles têm a oferecer inúmeras recompensas aos seus apreciadores, a começar pela versatilidade, os brancos combinam com a maior parte dos pratos elaborados nas cozinhas do mundo e são, também, excelentes na beira da piscina, na praia, em um bate papo descontraído e, diferente do que muitas pessoas acham, são eles que devem escoltar aquelas reuniões denominadas de "Queijo e Vinho".
Enfim, para levantar o ego deste "patinho feio", no mês de março de 2012 a Confraria Vinho e Boa Mesa rendeu-se aos prazeres dos aromas e sabores que os brancos têm a oferecer e, com certeza, eles fizeram bonito. Vamos lá:
Entradas: antepastos, casquinha de siri e vinhos espumantes;
Prato Principal: risoto de polvo, acompanhado de postas de abadejo, grelhadas na chapa com manteiga de garrafa;
Sobremesa: sorvete de baunilha com geleia de frutas vermelhas, servido com vinho de colheita tardia.
Vinhos:
Prosecco Villa Sandi D.O.C.G - ver comentários na V Confraria Vinho e Boa Mesa - Itália.
A Cava Freixenet Cordon Negro Brut estava simplesmente deliciosa. De visual amarelo-palha, com reflexos cristalinos, apresentou perlage constante e simétrica, com borbulhas finas, abundantes, de ataque intenso na língua. No olfato revelou aromas florais, damascos secos e nuances de panificação. Em boca mostrou-se cheia, seca, frutada, com acidez moderada e ótimo frescor. Vale a pena adquirir uma ou mais caixas.
O Sul-Africano Avondale Chenin Blanc 2010 foi o vinho que inaugurou a ala dos brancos secos. De aspecto claro, remetendo aos tons palha e lavanda, no nariz exalou aromas de frutas brancas, jasmim, evoluindo para vegetais e minerais (pedra de isqueiro, petróleo). No palato apresentou acidez moderada, corpo leve e fresco, com nuances de maracujá, lichia e ervas. Um ótimo parceiro para os dias quentes na beira da piscina.
Viu Manent Sauvignon Blanc Reserva 2007 - Chileno que arrematou 88 pontos da Wine Spectator, com visual amarelo-claro e reflexos esverdeados, explodiu aromas de maracujá, melão, manga, com um leve toque mineral. Em boca seguiu os aromas, apresentando frutas brancas, acidez correta e frescor, com retrogosto de maracujá e final persistente. Best Buy !!
Do Chile para a Nova Zelândia, degustamos o One Three Sauvignon Blanc 2009. Trata-se de um vinho fantástico, que fez jus à reputação dos sauvignon blanc neozelandeses. Límpido, de coloração amarelo-palha com reflexos esverdeados, apresentou aromas de maracujá, maçã verde e nuances herbáceas. A análise gustativa revelou acidez generosa, bom corpo, retrogosto de grape fruit, limão siciliano e final de boca persistente. Um vinho para curtir.
Voltando ao Chile, foi a vez da vinícola Tarapacá desfilar seu Chardonnay Gran Reserva 2009. Revelou-se límpido, com visual amarelo-claro, um pouco acima da cor palha. No nariz demonstrou elegância, com aromas de abacaxi, pêssego, mel e caramelo, resultantes da maturação em carvalho. Na boca confirmou o frutado, com nuances amanteigadas, acompanhadas por acidez correta, médio corpo e pouca persistência (esperávamos mais corpo para a proposta de um Gran Reserva). Um vinho apenas correto.
Ainda em terras chilenas, nos surpreendemos com o Calyptra Gran Reserva Chardonnay 2007, um branco de peso, sensacional. Na taça mostrou-se denso, com lágrimas simétricas e coloração dourada que encantou os confrades. Complexo, revelou aromas de abacaxi caramelizado e castanhas, evoluindo para coco e resina. No paladar, surpreendeu pelo equilíbrio perfeito entre acidez, álcool e madeira (24 meses em carvalho), conjugados em um corpo surpreendente. O vinho da noite !!
O último branco seco da confraria representou nossos hermanos argentinos. Elaborado pela prestigiada Bodega Zuccardi, trata-se de um corte de Chardonnay e Viognier denominado Zuccardi Série "A" 2009. De coloração amarelo-palha, com reflexos dourados, revelou aromas de frutas brancas, carambola e raspas de limão. Sua análise gustativa apresentou boa acidez, frescor, corpo médio, nuances cítricas e minerais. Um bom vinho, que deveria ter sido provado antes do Calyptra que o "atropelou".
Do Chile para a Nova Zelândia, degustamos o One Three Sauvignon Blanc 2009. Trata-se de um vinho fantástico, que fez jus à reputação dos sauvignon blanc neozelandeses. Límpido, de coloração amarelo-palha com reflexos esverdeados, apresentou aromas de maracujá, maçã verde e nuances herbáceas. A análise gustativa revelou acidez generosa, bom corpo, retrogosto de grape fruit, limão siciliano e final de boca persistente. Um vinho para curtir.
Voltando ao Chile, foi a vez da vinícola Tarapacá desfilar seu Chardonnay Gran Reserva 2009. Revelou-se límpido, com visual amarelo-claro, um pouco acima da cor palha. No nariz demonstrou elegância, com aromas de abacaxi, pêssego, mel e caramelo, resultantes da maturação em carvalho. Na boca confirmou o frutado, com nuances amanteigadas, acompanhadas por acidez correta, médio corpo e pouca persistência (esperávamos mais corpo para a proposta de um Gran Reserva). Um vinho apenas correto.
Ainda em terras chilenas, nos surpreendemos com o Calyptra Gran Reserva Chardonnay 2007, um branco de peso, sensacional. Na taça mostrou-se denso, com lágrimas simétricas e coloração dourada que encantou os confrades. Complexo, revelou aromas de abacaxi caramelizado e castanhas, evoluindo para coco e resina. No paladar, surpreendeu pelo equilíbrio perfeito entre acidez, álcool e madeira (24 meses em carvalho), conjugados em um corpo surpreendente. O vinho da noite !!
O último branco seco da confraria representou nossos hermanos argentinos. Elaborado pela prestigiada Bodega Zuccardi, trata-se de um corte de Chardonnay e Viognier denominado Zuccardi Série "A" 2009. De coloração amarelo-palha, com reflexos dourados, revelou aromas de frutas brancas, carambola e raspas de limão. Sua análise gustativa apresentou boa acidez, frescor, corpo médio, nuances cítricas e minerais. Um bom vinho, que deveria ter sido provado antes do Calyptra que o "atropelou".
Para finalizar e acompanhar nossa sobremesa, provamos o Montes Gewurztraminer/Riesling Colheita Tardia 2002. Infelizmente, na opinião dos confrades, o vinho já estava em declínio, devido a safra antiga e outros fatores (o armazenamento pode ser um deles). Pouco revelou e, em outra ocasião, será degustado novamente em uma safra mais recente. Uma pena.
Depois desta confraria, com certeza os vinhos brancos serão mais valorizados.
No mês de abril, nosso destino será a "selvagem" e "misteriosa" Africa do Sul.
Até lá e...
...saúde a todos !!
Confraria Vinho e Boa Mesa.
Participaram desta confraria: Abner, Carlos, Cássio, Leandro (que assina o texto), Nenê (anfitrião) e Renato.










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